Doença Divertícular dos Cólons

A doença divertícular conhecida também como moléstia divertícular, aumenta com a idade. A doença diverticular atinge principalmente a população idosa Segundo estudos realizados pela Organização Mundial de Gastrenterologia, os pacientes com idade inferior aos 40 anos são atingidos com um percentual baixo, ou seja, 5%. Vale ressaltar que nesta faixa etária os divertículos muitas das vezes não possuem sintomas e a população não procura os consultórios médicos. Com o aumento da idade há uma progressão do aparecimento dos divertículos. Acima dos 60 anos mais da metade da população é atingida e aos 80 anos de idade esse percentual apresenta acima de 65 %. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia aos 50 anos de idade metade da população, homens e mulheres, tenha divertículos, assim como praticamente todos aos 80 anos.

SINTOMAS:

Podem ser assintomáticos (sem sintomas nenhum) ou ter como queixas principal dores abdominais podendo ser de baixa intensidade ou dor intensa com frequência na diverticulite (inflamação dos divertículos) localizada na maioria das fezes no lado esquerdo do abdome ou difusas, flatulências (acumulo de gases no intestino), sangramento, mudança no hábito intestinal.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico da doença divertícular não complicada é feito pela história do paciente. Devemos valorizar os dados epidemiológicos como: a idade, o exame físico e exames complementares, entre eles a colonoscopia ou enema opaco. Na doença divertícular complicada (diverticulite) 25% dos indivíduos com diverticulose evoluirão com diverticulite. A história clínica, o exame físico (principalmente do abdome), e os exames laboratoriais são importantes, assim como os exames de imagens entre eles a tomografia computadorizada do abdome.

Na diverticulite aguda a colonoscopia é contra indicada devido ao aumento do risco de perfuração. Já no sangramento a cintilografia com hemácia marcada e a arteriografia seletiva poderão ser úteis para demonstrar o local do sangramento.

TRATAMENTO:

Os pacientes com doença divertícular não complicada são tratados com uma dieta adequada ou com medicamentos que ajudam a controlar as dores como os antiespasmódicos e nas alterações dos hábitos intestinais com aumento de ingesta de fibras na dieta. Já na doença divertícular complicada, diverticulite, nos casos moderados que não requer hospitalização, após avaliação médica, o tratamento consiste em antibióticos orais, restrições dietéticas. Os casos graves que requerem hospitalização, com administração de antibióticos por via intravenosa e restrições dietéticas. O tratamento cirúrgico é reservado para os casos mais graves que não melhoram com o tratamento clínico e evoluem com a formação de abscesso ou peritonite (infecção grave no abdome), necessitando de cirurgia de emergência (SBCP). Na hemorragia, 80% a 90% são resolvidos com o tratamento clínico. Em hemorragias persistente a conduta instituída e o tratamento é cirúrgico.

CUIDADOS E PREVENÇÃO

“As complicações da doença divertícular podem ser evitadas por um estilo de vida saudável com exercícios regulares, dieta balanceada rica em fibras, ingestão farta de líquido e um hábito intestinal regular, evitando a constipação intestinal”. (SBCP)